terça-feira, 29 de agosto de 2017

Protocolos de intervenção em pacientes plaquetopênicos e anêmicos.

Protocolos de intervenção em pacientes plaquetopênicos e anêmicos.

Autora: Fernanda
Coordenador da pós em terapia intensiva : Daniel xavier

Pacientes portadores de doenças neoplásicas frequentemente apresentam anormalidades das células sanguíneas, seja pela evolução da própria doença, provocando danos na medula óssea (local responsável pela produção das células sanguíneas), inibindo a produção de fatores de crescimento hematopoiético e/ou produção de citocinas inibidoras da hematopoiese, como pelo agravamento desses efeitos adversos pelo tratamento da neoplasia, tanto pela quimioterapia como pela radioterapia.

Um quadro normalmente observado nos pacientes oncológicos é a citopenia, que diz respeito a uma deficiência ou redução dos elementos do sangue (hemoglobina, hematócrito, leucócitos, neutrófilos e plaquetas) e caracteriza-se por anemia, neutropenia e/ou plaquetopenia. 

A anemia causa uma redução significativa no número de glóbulos vermelhos, que contêm hemoglobina, proteína responsável pela distribuição do oxigênio no organismo. Ela é definida quando o valor da hemoglobina é inferior a 12g/dl e o hematócrito, inferior a 36%. Se o nível dos glóbulos vermelhos estiver muito abaixo do limite inferior aceitável, partes do corpo não recebem oxigênio suficiente e passam a não funcionar corretamente. Nos pacientes que realizaram tratamento pela quimioterapia é esperado uma queda da hemoglobina com valores inferiores a 10g/dl, do 8° ao 21° dia após a administração da quimioterapia, e este valor é normalizado entre o 36° dia. 

A plaquetopenia, também chamada de trombocitopenia, é a diminuição do número de plaquetas no sangue (menor que 150.000/mm³). As plaquetas são células que possuem propriedade de coagular o sangue, são produzidas na medula óssea e sua função é impedir hemorragia. Pacientes com contagens de plaquetas menores que 10.000/mm³ apresentam uma tendência a sangramento espontâneo mais grave; menores de 20.000/mm³ pode haver sangramento espontâneo; e, contagens maiores de 20.000/mm³, sangramento espontâneo é raro, mas apresentam tendência a sangramento após pequenos traumas.

Desta forma, a infiltração das células cancerosas na medula óssea pode ter um efeito profundo nos pacientes oncológicos, levando a crença de que o repouso absoluto seria o ideal para estes pacientes, pois qualquer tipo de atividade física realizada pela fisioterapia poderia aumentar o risco principalmente de hemorragia e agravar o quadro clínico do paciente. Porém, há estudos científicos que evidenciam que é possível realizar atividades físicas mesmo com valores abaixo do ideal das células sanguíneas, respeitando as recomendações de atividades conforme os valores apresentados pelos protocolos. 


               Protocolo de intervenção em pacientes anêmicos (solicitar por email xavierdaniel@hotmail.com)

                  



             Protocolo de intervenção em pacientes plaquetopênicos (solicitar por email xavierdaniel@hotmail.com)

                  




Cinesioterapia em pacientes oncológicos


A cinesioterapia é segura para pacientes com plaquetopenia grave (abaixo de 30.000) Induzida por quimioterápicos? 

Um estudo com um grupo de doze pacientes (sendo que oito completaram o estudo), com vinte e cinco a sessenta e seis anos, com problemas hematológicos devido à quimioterapia e com contagem de plaquetas > 20.000 sem utilização de concentrado de plaquetas ou com plaquetopenia abaixo de 10.000 com reposição, foram todos submetidos ao mesmo período de três meses de treino aeróbio, três vezes por semana, por quinze a trinta minutos, teve como resultado que a contagem de plaquetas foi de 27.000 com mínimo de 8.000. Nenhum paciente apresentou sangramento com plaquetas acima de 10.000. (B).


Recomendação 

Treino ergométrico supervisionado pode ser seguro em pacientes com câncer e plaquetopenia grave induzida por quimioterapia, em pacientes com acima de 10 mil plaquetas (B).

Referências Bibliográficas

ALMEIDA, E.M.P; ANDRADE, R.G, et al. Projeto Diretrizes. Exercícios Em Pacientes Oncológicos. Reabilitação. Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, 2012.

ALMEIDA, Elisangela; CECATTO, Rebeca;  et al. Exercício em pacientes oncológicos: reabilitação. Junho,2011.

Anemia. Equipe Oncoguia.  Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/anemia/195/109/. Acesso em: 28/08/17.

VARGAS, Suelen. Podemos fazer Fisioterapia em pacientes Plaquetopênicos? Disponível em: http://www.bioonco.net/paciente-plaquetopenico-e-agora-fisioterapeuta . Acesso em: 28 /08/2017.

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