segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Mobilização Precoce em Pacientes Provenientes de Complicações do SNC

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma síndrome neurológica com grande prevalência em adultos e idosos, sendo uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVE é a principal causa de incapacidade no Brasil com uma incidência anual de 108 para cada 100 mil habitantes. Além disso, essa síndrome é responsável por um número considerável de internações no país, no qual apresenta um alto custo para o governo.

Diante do exposto, as complicações primárias e secundárias proveniente dos pacientes pós AVE aumentam a permanência e a restrição desses indivíduos no leito, fato esse que estando associado à ventilação mecânica e uso de sedação, potencializa o declínio funcional, o que comina em um elevado risco de morbidade e mortalidade.


Indicada para prevenir as complicações relacionadas à restrição prolongada no leito, como a fraqueza muscular adquirida na UTI (FAUTI), bem como minimizar as sequelas neurológicas oriundas da lesão primária no sistema nervoso central (SNC), a fisioterapia lança mão a mobilização precoce, atualmente bastante difundida e embasada quanto a sua seguridade e efeitos nos desfechos dos doentes criticamente enfermos, muito embora ainda não estabelecido a real dosagem a ser aplicado neste tipo em particular de pacientes.


Acessar o Trabalho na íntegra: 


https://drive.google.com/file/d/1FR4tnrKRybfUNfBHLE7El0njF7NA1hBm/view?usp=sharing


Eletroestimulação associada a cicloergometria


                                           Fonte: Dados do autor


Esse foi um estudo placebo-crossover, randomizado e cego, que avaliou a resposta de 4 tipos de exercícios sobre o débito cardíaco e consumo de oxigênio de pacientes sedados em ventilação mecânica. As intervenções foram:


1 – Mobilizações passivas no leito de membros inferiores (PROM)
2 – Cicloergômetro passivo
3 – Eletroestimulação no quadríceps (FES)
4 – Eletroestimulação com cicloergômetro (FES cycling)

Cada intervenção foi realizada em ordem aleatória e teve duração de 10 minutos.
De todas as condutas, apenas o FES cycling apresentou elevação dos valores de débito cardíaco (15% ou 1 l/min). Além disso, ficou constatado nessa técnica o aumento do consumo de oxigênio, o que sugere que o trabalho muscular também ocorreu.

Assim sendo, a FES cycling parece ser uma alternativa “um pouco mais intensa”, se assim podemos dizer, em relação as demais, causando aumento no débito cardíaco e consumo de oxigênio. 


Acesso ao trabalho na íntegra



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