terça-feira, 29 de novembro de 2016

Fisioterapeuta da Fcecon Dr Daniel Xavier recebe título de pos doutorado de universidades norte americanas

Prof.Dr.Daniel Xavier, coordenador do servico de Fisioterapia da Fcecon de Manaus recebe certificação internacional de POS DOUTORADO em fisioterapia e fisioterapia em oncologia

O especialista é o primeiro de Manaus a receber uma certificação internacional de duas universidades norte americanas  a UNilogos University /Flórida-Usa e pela FCE- California University -Usa, pelos trabalhos desenvolvidos nas áreas de fisioterapia intensiva e fisioterapia em oncologia.   

 O fisioterapeuta Daniel Xavier atua, com pacientes oncológicos desde o ano 2O01 e em Manaus, o profissional começou a desenvolver seu trabalho a partir de 2005, quando inaugurou o Centro de Terapia Intensiva (CTI), na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), onde hoje é responsável por coordenar o serviço de fisioterapia daquele setor . Daniel Xavier também é o fisioterapeuta responsável pelo serviço de fisioterapia em oncopediatria do GAAC-Grupo de apoio a criança com câncer do Amazonas, onde após implantar o serviço, atua em caráter voluntário na reabilitação das crianças portadoras de neoplasias.
Além disso o Dr Daniel Xavier foi o incentivador e idealizador do projeto EMOBIL (Early Mobilization), entidade sem fins lucrativos que visa a criação de artefatos funcionais de baixo custo para ambientes hospitalares e para a unidade de tratamento intensivo.

No último sábado (26), Daniel recebeu os títulos de Pós Doctor em Physical Therapy e pos doctor in Oncological PhysicalTherapy das mãos do reitor da Logos University/USA Flórida e diretor da Faculdade da Califórnia (FCE), o professor Dr. Gabriel Lopes.

A banca contou com nomes importantes da terapia intensiva nacional e regional , entre eles o Dr Odir Filho, coordenador da uti da fcecon. Além da presença da D Oriona Oshe , diretora do GAMMA Manaus. Com isso a uti da Fcecon além de já ser referencia no Estado , passa a contar com um dos maiores especialistas em fisioterapia em oncologia do Brasil é um dos poucos fisioterapeutas com pós doutorado do Amazonas.


Insta: @intensivistaxavier

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Materiais de baixo custo produzidos por fisioterapeutas auxiliam na reabilitação de pacientes oncológicos da FCecon

Materiais de baixo custo produzidos por fisioterapeutas auxiliam na reabilitação de pacientes oncológicos da FCecon


A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), passou a utilizar, há algumas semanas, um novo método de assistência fisioterápica em pacientes em recuperação na sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e cujos resultados têm surpreendido especialistas da área. Trata-se da utilização de aparelhos funcionais de baixo custo, que têm por objetivo reduzir a morbidade e a mortalidade de portadores de câncer em recuperação pós-cirúrgica – na maioria dos casos –, internados no setor. O resultado é mais qualidade de vida no período pós-alta hospitalar.
A instituição, considerada referência em cancerologia na Amazônia Ocidental, será a primeira do SUS a implantar esse tipo de programa no Norte do País, ressaltou o diretor-presidente da unidade hospitalar, Marco Antônio Ricci. Ele explica que a confecção dos utensílios ficou a cargo de um grupo de alunos de pós-graduação em Fisioterapia Intensiva do Instituto de Aprimoramento e Ensino em Saúde (Iapes), sob a orientação do coordenador do Serviço de Fisioterapia da UTI da FCecon e do Iapes-Manaus, Daniel Xavier.

De acordo com Xavier, os aparelhos foram doados à unidade hospitalar. A maior parte deles, foi produzida com materiais recicláveis, como PVC e garrafas PET. Através dos aparelhos, os pacientes acamados, que têm a mobilidade reduzida, podem se movimentar com mais facilidade, com o apoio dos fisioterapeutas. “O método auxilia na recuperação dos pacientes, já que ajuda a preservar e restaurar a integridade, melhora a funcionalidade e previne certos distúrbios e complicações, como as musculares, respiratórias, motoras e circulatórias”, destacou Xavier.
A iniciativa faz parte do projeto EMOBIL (Early Mobilization), sem fins lucrativos. A ideia, de acordo com ele, é que, futuramente, esse tipo de assistência seja estendida para enfermarias, ambulatório e home care (atendimento domiciliar)


Saiba mais sobre o projeto
Os projetos construídos até o presente momento têm acrescentado benefícios diretos aos pacientes, dentre ele estão o ANDA (Aparato Neurodinâmico para Deambulação Assistida), invenção do renomado Fisioterapeuta Dr. Tom Carvalho. O ciclo ergômetro de PVC e o andador de PVC foram projetados pelo Fisioterapeuta e aluno da IAPES Rodrigo Augusto Braga.
Daniel Xavier destaca que as órteses de membros inferiores, feitas com garrafas plásticas e EVA (espuma venílica acetinada) foram idealizadas pela fisioterapeuta e também pós-graduanda da IAPES, Lidiane Rabelo, todos profissionais da cidade de Manaus. O uso da DASBEL (Dispositivo Auxiliar de Sedestação Beira Leito) também está presente nas confecções do EMOBIL, ideia inovadora de um grupo de Fisioterapeutas da cidade de São Paulo.
A expansão deste conceito torna-se de fundamental importância para o aprimoramento de técnicas e atendimentos, uma vez que o principal favorecido será o paciente. A facilidade na execução destes artefatos, gera verdadeira mobilização entre os profissionais, ampliando a visão de suas terapêuticas e, consequentemente, sua criatividade”, concluiu.

http://www.fcecon.am.gov.br/materiais-de-baixo-custo-produzidos-por-fisioterapeutas-auxiliam-na-reabilitacao-de-pacientes-oncologicos-da-fcecon/

terça-feira, 22 de novembro de 2016

EDEMA AGUDO DE PULMAO

INSTITUTO AMAZONENSE DE APRIMORAMENTO E ENSINO EM SAÚDE -  IAPES ENSINOS
  

Autor: ADRIANA PEREZ OLIVEIRA
Coordenador: Daniel Xavier



 EDEMA AGUDO DE PULMÃO




INTRODUÇÃO
   
    O edema agudo de pulmão (EAP) se caracteriza por ser um acúmulo súbito e anormal de líquido nos espaços extravasculares  do  pulmão.  A EAP ocorre com frequência nas unidades de terapia intensiva e também percebe-se que é uma das síndromes cardiorrespiratórias mais dolorosas quando comparada com as demais.  Sua causa na maioria das  vezes  é  consequente  à  insuficiência  cardíaca  esquerda,  sendo que a elevação  da  pressão  no  átrio  esquerdo  e  capilar  pulmonar  pode ser considerada como o principal  fator  responsável  pela transudação de  líquido para o interstício e  interior dos alvéolos, com  interferência  nas trocas gasosas  pulmonares  e  redução  da  pressão  parcial  de  oxigênio  no sangue  arterial  (PORTO, 2000).


FISIOPATOLOGIA

   
    O  edema  agudo  de  pulmão ocorre devido ao  desequilíbrio  entre  a  pressão hidrostática  capilar  elevada  e  a  pressão  intersticial normal,  quando ocorre o extravasamento do liquido, o mesmo  já  não  pode  ser  removido  adequadamente  pelo  sistema  linfático  pulmonar, esse processo decorre do aumento da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo . Essa síndrome  pode  ocorrer   por   outros   mecanismos   quando   não relacionado à falência cardíaca, como o aumento da permeabilidade dos capilares pulmonares, observado  na  síndrome  do  desconforto  respiratório  agudo,  ou  nos  casos  em  que  a  pressão coloidosmótica   intravascular   está   intensamente   reduzida, o que gera um aumento   da   pressão   negativa intersticial  (após  drenagem  torácica),  insuficiência  linfática  (pós-transplantes),  linfangite fibrosantes  ou  fenômenos  não  explicados,  como  edema  pulmonar  neurogênico,  devido  a grandes altitudes, pós-cardioversão e a superdose de narcóticos . Em consequência   do   edema   (intersticial   e   brônquico),   ocorre a diminuição   da complacência pulmonar e o aumento da resistência nas vias aéreas, com isso sobrevém as alterações de troca  gasosa e a geração de altas pressões negativas intrapleurais, decorrente temos a elevação da pressão transmural do ventrículo esquerdo (VE) e da sua pós-carga. Quando ocorre a redução do débito cardíaco no edema agudo de pulmão, consequentemente diminui-se a oferta de oxigênio para a musculatura respiratória. Já com relação a atividade  simpática,  podemos observar um ligeiro aumento. No entanto  em  situações graves  pode  causar hipertrofia  de  miócitos  e  necrose,  redução  de  receptores  beta-1-adrenérgicos,  depleção  de terminais nervosos e comprometimento da função sistólica e diastólica. O  comprometimento  da  musculatura  respiratória  nesses  pacientes piora  com  a  dispnéia  aos  esforços  e,  nos  quadros  agudos,  com  a  fadiga muscular, que frequentemente associa-se com retenção de CO2 (KNOBEL,2004).


ETIOLOGIA


    Várias podem ser as causas da EAP, sendo que as mais comuns são a insuficiência ventricular esquerda, a obstrução da valva mitral, arritmias cardíacas, hipervolemia, insuficiência cardíaca congestiva descompensada, infarto agudo do miocárdio (IAM), cardioversão elétrica e crise hipertensiva. Suas causas também podem ser dividas em duas partes. A primeira seria a das causas secundárias, a cardiopatias e a segunda as causas não relacionadas a cardiopatias. As causas secundárias a cardiopatias podem ser, a isquemia miocárdica aguda, hipertensão arterial sistêmica (HAS), valvulopatia, miocardiopatia primária, cardiopatias congênitas, mixoma atrial. Já as causas não-relacionadas a cardiopatias temos a lesão encefálica ou hemorragia intracraniana (neurogênica) e a feocromocitoma ( MACIEL, 2009)


SINAIS E SINTOMAS


    Os sinais e sintomas característicos são dispnéia, ortopnéia, tosse, escarro de cor rósea e espumoso. Normalmente o paciente apresenta-se ansioso, agitado, sentado com membros inferiores pendentes e utilizando intensamente a musculatura respiratória acessória, suas asas nasais estão dilatadas, há retração intercostal e de fossa supraclavicular. A pele e mucosas desse paciente tornam-se frias, acinzentadas, às vezes, pálidas e cianóticas, com sudorese fria sistêmica. O mesmo pode relatar dor subesternal irradiada para pescoço, mandíbula ou face medial de braço esquerdo em casos de isquemia miocárdica. Com relação ao exame físico, pode-se constatar taquicardia, ritmo de galope, B2 hiperfonética, pressão arterial elevada ou baixa (choque cardiogênico), estertores subcreptantes inicialmente nas bases tornando-se difusos com a evolução do quadro. Se houver a presença de roncos e sibilos difuso há indícios de broncoespasmo secundário. Deve-se levar em consideração que o quadro clínico pode agravar progressivamente culminando com insuficiência respiratória, hipoventilação, confusão mental e morte por hipoxemia (PORTO, 2000).


TRATAMENTO

    A EAP possui diversas opções de tratamento, sendo assim uma das que se destacam é a oxigenioterapia, que consiste na administração de oxigênio suplementar com o intuito de elevar ou manter a saturação de oxigênio acima de 90%, corrigindo os danos da hipoxemia. O paciente deve receber oxigênio suplementar por máscara facial aberta com fluxo inicial de 5 a 10 L/ min, com objetivo primário de aumentar a quantidade de oxigênio carreado pelo sangue aos tecidos. Outra opção é a ventilação não-invasiva (VMNI) a qual proporciona a redução da pré e pós-carga promovendo a melhora da contratilidade do ventrículo esquerdo, a mesma aumentará a complacência pulmonar recrutando alvéolos pulmonares previamente colabados, elevando assim a ventilação alveolar e reduzindo o trabalho respiratório. Possuímos também a alternativa das máscaras nasais e a da ventilação mecânica não invasiva contínua (CPAP), que consiste na aplicação de uma pressão positiva única durante todo o ciclo respiratório, devendo ser iniciada com a pressão entre 5 e 10 cmH2O, a qual pode ser aumentada até 12,5 cmH2O. No entanto essa modalidade possui outra escolha, que seria a de ventilação em binível pressórico (BPAP) que utiliza a alternância de uma pressão positiva menor durante a expiração e maior durante a inspiração, para reduzir o trabalho respiratório do paciente de uma forma direta, com a pressão inicial entre 8 e 10 cmH2O, podendo ser aumentada até 12,5 cm H2O. Contudo sempre devemos ressaltar a importância das contra- indicações no caso da VMNI, têm-se a instabilidade hemodinâmica, trauma facial, risco de aspiração de secreções, arritmia, isquemia e pacientes pouco colaborativos ou que não se adaptaram à máscara. Por outro lado possuímos a ventilação Invasiva que é indicada na presença do rebaixamento do nível de consciência, no aparecimento de sinais clínicos de fadiga da musculatura acessória, nos casos de hipoxemia refratária e na presença de acidose respiratória. Essa conduta pode ser tomada inicialmente em pacientes com IAM com indicação de angioplastia primária, naqueles com taquiarritmias com necessidade de cardioversão elétrica e em pacientes com choque cardiogênico. Contudo sempre antes do procedimento o paciente deve ser hiperventilado com máscara e ambú para diminuir possíveis complicações como arritmias ou piora da hipoxemia (DBVM, 2013).




REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

Revista Brasileira de Terapia Intensiva. DIRETRIZES BRASILEIRAS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA. 2013
KNOBEL, Elias. Terapia Intensiva: pneumologia e fisioterapia respiratória. São Paulo: Atheneu, 2004.
MEIRELES COSTA LIMA. A UTILIZAÇÃO DO CPAP E BIPAP NO EDEMA AGUDO DE PULMÃO CARDIOGÊNICO. Rio de Janeiro/ 2006.
MACIEL ANDRADE MARCOS VINICIUS. Insuficiência Cardíaca. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. 2009; 93(6 supl.1): e110-e178.
NARDELLI CESAR CAIO. PADRONIZAÇÃO DA ABORDAGEM DO EAPC, NO HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS. Março/ 2006.
PORTO, CELMO CELENO. Doenças do Coração – Prevenção e Tratamento. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1998.

EDEMA AGUDO DE PULMAO

INSTITUTO AMAZONENSE DE APRIMORAMENTO E ENSINO EM SAÚDE -  IAPES ENSINOS
  

Autor: ADRIANA PEREZ OLIVEIRA
Coordenador: Daniel Xavier



 EDEMA AGUDO DE PULMÃO




INTRODUÇÃO
   
    O edema agudo de pulmão (EAP) se caracteriza por ser um acúmulo súbito e anormal de líquido nos espaços extravasculares  do  pulmão.  A EAP ocorre com frequência nas unidades de terapia intensiva e também percebe-se que é uma das síndromes cardiorrespiratórias mais dolorosas quando comparada com as demais.  Sua causa na maioria das  vezes  é  consequente  à  insuficiência  cardíaca  esquerda,  sendo que a elevação  da  pressão  no  átrio  esquerdo  e  capilar  pulmonar  pode ser considerada como o principal  fator  responsável  pela transudação de  líquido para o interstício e  interior dos alvéolos, com  interferência  nas trocas gasosas  pulmonares  e  redução  da  pressão  parcial  de  oxigênio  no sangue  arterial  (PORTO, 2000).


FISIOPATOLOGIA

   
    O  edema  agudo  de  pulmão ocorre devido ao  desequilíbrio  entre  a  pressão hidrostática  capilar  elevada  e  a  pressão  intersticial normal,  quando ocorre o extravasamento do liquido, o mesmo  já  não  pode  ser  removido  adequadamente  pelo  sistema  linfático  pulmonar, esse processo decorre do aumento da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo . Essa síndrome  pode  ocorrer   por   outros   mecanismos   quando   não relacionado à falência cardíaca, como o aumento da permeabilidade dos capilares pulmonares, observado  na  síndrome  do  desconforto  respiratório  agudo,  ou  nos  casos  em  que  a  pressão coloidosmótica   intravascular   está   intensamente   reduzida, o que gera um aumento   da   pressão   negativa intersticial  (após  drenagem  torácica),  insuficiência  linfática  (pós-transplantes),  linfangite fibrosantes  ou  fenômenos  não  explicados,  como  edema  pulmonar  neurogênico,  devido  a grandes altitudes, pós-cardioversão e a superdose de narcóticos . Em consequência   do   edema   (intersticial   e   brônquico),   ocorre a diminuição   da complacência pulmonar e o aumento da resistência nas vias aéreas, com isso sobrevém as alterações de troca  gasosa e a geração de altas pressões negativas intrapleurais, decorrente temos a elevação da pressão transmural do ventrículo esquerdo (VE) e da sua pós-carga. Quando ocorre a redução do débito cardíaco no edema agudo de pulmão, consequentemente diminui-se a oferta de oxigênio para a musculatura respiratória. Já com relação a atividade  simpática,  podemos observar um ligeiro aumento. No entanto  em  situações graves  pode  causar hipertrofia  de  miócitos  e  necrose,  redução  de  receptores  beta-1-adrenérgicos,  depleção  de terminais nervosos e comprometimento da função sistólica e diastólica. O  comprometimento  da  musculatura  respiratória  nesses  pacientes piora  com  a  dispnéia  aos  esforços  e,  nos  quadros  agudos,  com  a  fadiga muscular, que frequentemente associa-se com retenção de CO2 (KNOBEL,2004).


ETIOLOGIA


    Várias podem ser as causas da EAP, sendo que as mais comuns são a insuficiência ventricular esquerda, a obstrução da valva mitral, arritmias cardíacas, hipervolemia, insuficiência cardíaca congestiva descompensada, infarto agudo do miocárdio (IAM), cardioversão elétrica e crise hipertensiva. Suas causas também podem ser dividas em duas partes. A primeira seria a das causas secundárias, a cardiopatias e a segunda as causas não relacionadas a cardiopatias. As causas secundárias a cardiopatias podem ser, a isquemia miocárdica aguda, hipertensão arterial sistêmica (HAS), valvulopatia, miocardiopatia primária, cardiopatias congênitas, mixoma atrial. Já as causas não-relacionadas a cardiopatias temos a lesão encefálica ou hemorragia intracraniana (neurogênica) e a feocromocitoma ( MACIEL, 2009)


SINAIS E SINTOMAS


    Os sinais e sintomas característicos são dispnéia, ortopnéia, tosse, escarro de cor rósea e espumoso. Normalmente o paciente apresenta-se ansioso, agitado, sentado com membros inferiores pendentes e utilizando intensamente a musculatura respiratória acessória, suas asas nasais estão dilatadas, há retração intercostal e de fossa supraclavicular. A pele e mucosas desse paciente tornam-se frias, acinzentadas, às vezes, pálidas e cianóticas, com sudorese fria sistêmica. O mesmo pode relatar dor subesternal irradiada para pescoço, mandíbula ou face medial de braço esquerdo em casos de isquemia miocárdica. Com relação ao exame físico, pode-se constatar taquicardia, ritmo de galope, B2 hiperfonética, pressão arterial elevada ou baixa (choque cardiogênico), estertores subcreptantes inicialmente nas bases tornando-se difusos com a evolução do quadro. Se houver a presença de roncos e sibilos difuso há indícios de broncoespasmo secundário. Deve-se levar em consideração que o quadro clínico pode agravar progressivamente culminando com insuficiência respiratória, hipoventilação, confusão mental e morte por hipoxemia (PORTO, 2000).


TRATAMENTO

    A EAP possui diversas opções de tratamento, sendo assim uma das que se destacam é a oxigenioterapia, que consiste na administração de oxigênio suplementar com o intuito de elevar ou manter a saturação de oxigênio acima de 90%, corrigindo os danos da hipoxemia. O paciente deve receber oxigênio suplementar por máscara facial aberta com fluxo inicial de 5 a 10 L/ min, com objetivo primário de aumentar a quantidade de oxigênio carreado pelo sangue aos tecidos. Outra opção é a ventilação não-invasiva (VMNI) a qual proporciona a redução da pré e pós-carga promovendo a melhora da contratilidade do ventrículo esquerdo, a mesma aumentará a complacência pulmonar recrutando alvéolos pulmonares previamente colabados, elevando assim a ventilação alveolar e reduzindo o trabalho respiratório. Possuímos também a alternativa das máscaras nasais e a da ventilação mecânica não invasiva contínua (CPAP), que consiste na aplicação de uma pressão positiva única durante todo o ciclo respiratório, devendo ser iniciada com a pressão entre 5 e 10 cmH2O, a qual pode ser aumentada até 12,5 cmH2O. No entanto essa modalidade possui outra escolha, que seria a de ventilação em binível pressórico (BPAP) que utiliza a alternância de uma pressão positiva menor durante a expiração e maior durante a inspiração, para reduzir o trabalho respiratório do paciente de uma forma direta, com a pressão inicial entre 8 e 10 cmH2O, podendo ser aumentada até 12,5 cm H2O. Contudo sempre devemos ressaltar a importância das contra- indicações no caso da VMNI, têm-se a instabilidade hemodinâmica, trauma facial, risco de aspiração de secreções, arritmia, isquemia e pacientes pouco colaborativos ou que não se adaptaram à máscara. Por outro lado possuímos a ventilação Invasiva que é indicada na presença do rebaixamento do nível de consciência, no aparecimento de sinais clínicos de fadiga da musculatura acessória, nos casos de hipoxemia refratária e na presença de acidose respiratória. Essa conduta pode ser tomada inicialmente em pacientes com IAM com indicação de angioplastia primária, naqueles com taquiarritmias com necessidade de cardioversão elétrica e em pacientes com choque cardiogênico. Contudo sempre antes do procedimento o paciente deve ser hiperventilado com máscara e ambú para diminuir possíveis complicações como arritmias ou piora da hipoxemia (DBVM, 2013).




REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

Revista Brasileira de Terapia Intensiva. DIRETRIZES BRASILEIRAS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA. 2013
KNOBEL, Elias. Terapia Intensiva: pneumologia e fisioterapia respiratória. São Paulo: Atheneu, 2004.
MEIRELES COSTA LIMA. A UTILIZAÇÃO DO CPAP E BIPAP NO EDEMA AGUDO DE PULMÃO CARDIOGÊNICO. Rio de Janeiro/ 2006.
MACIEL ANDRADE MARCOS VINICIUS. Insuficiência Cardíaca. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. 2009; 93(6 supl.1): e110-e178.
NARDELLI CESAR CAIO. PADRONIZAÇÃO DA ABORDAGEM DO EAPC, NO HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS. Março/ 2006.
PORTO, CELMO CELENO. Doenças do Coração – Prevenção e Tratamento. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1998.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Câncer de Pênis


Câncer de pênis
 
Autora: Luciana Pereira de Alcântara Melo
Coordenador: Daniel Xavier
 
 

Tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. Está relacionado às baixas condições socioeconômicas e de instrução, à má higiene íntima e a homens que não se submeteram à circuncisão (remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a “cabeça” do pênis). O estreitamento do prepúcio é um fator de predisposição ao câncer peniano. Estudos científicos também sugerem a associação entre infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) e o câncer de pênis. No Brasil, esse tipo de tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.

Num estudo observacional e descritivo, realizado pelo Núcleo de Pesquisa em Uro-Oncologia da Fundação de Centro de Controle de Oncologia (FCECON), em Manaus, que objetivou pesquisar o perfil clínico-epidemiológico e fatores de risco que influenciaram no surgimento de CP em 34 homens atendidos naquela instituição, entre Janeiro de 2007 a novembro de 2012. Dentre os resultados, destacamos uma maior frequência da neoplasia na faixa etária entre 40-69 anos (68%), histórico de tabagismo (71%), presença de Fimose (53%), antecedente de doenças sexualmente transmissíveis (42%) e baixo nível escolar (56%). A origem étnica não foi associada a uma maior incidência. O perfil desses pacientes foi compatível, portanto, com aquele descrito na literatura.

Prevenção


Para prevenir o câncer de pênis é necessário fazer a limpeza diária com água e sabão, principalmente após as relações sexuais e a masturbação. É fundamental ensinar às crianças desde cedo os hábitos de higiene íntima, que devem ser praticados todos os dias. A cirurgia de fimose (quando a pele de prepúcio é estreita ou pouco elástica e impede a exposição da cabeça do pênis, dificultando a limpeza adequada) é outro fator de prevenção. A operação é simples e rápida e não necessita de internação. Também chamada de circuncisão, a cirurgia de fimose é normalmente realizada na infância. Tanto o homem circuncidado como o não-circuncidado reduzem as chances de desenvolver esse tipo de câncer se tiverem bons hábitos de higiene.
A utilização do preservativo é imprescindível em qualquer relação sexual, já que prática com diferentes parceiros sem o uso de camisinha aumenta o risco de desenvolver a doença. O preservativo diminui a chance de contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HPV, por exemplo.

Sintomas


A manifestação clínica mais comum do câncer de pênis é uma ferida ou úlcera persistente, ou também uma tumoração localizada na glande, prepúcio ou corpo do pênis. A presença de um desses sinais, associados a uma secreção branca (esmegma), pode ser uma indicação de câncer no pênis. Nestes casos, é necessário consultar um especialista. Além da tumoração no pênis, a presença de gânglios inguinais (ínguas na virilha), pode ser sinal de progressão da doença (metástase).

Detecção precoce

Quando detectado inicialmente, o câncer de pênis possui tratamento e é facilmente curado. É importante, ao fazer a higiene íntima, realizar o autoexame do pênis.

No autoexame, os homens devem estar atentos aos seguintes sinais:

·         Perda de pigmentação ou manchas esbranquiçadas;

·         Feridas e caroços no pênis que não desapareceram após tratamento médico e apresentem secreções e mau cheiro;

·         Tumoração no pênis e/ou na virilha (íngua);

·         Inflamações de longo período com vermelhidão e coceira, principalmente nos portadores de fimose.

Ao observar qualquer um desses sinais, é necessário procurar um médico imediatamente.

Exame clínico

Os exames clínicos para a detecção do câncer de pênis, entre eles a biópsia, só devem ser indicados e realizados por profissionais de saúde.

Diagnóstico


Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de pênis apresenta elevada taxa de cura. No entanto, mais da metade dos pacientes demoram até um ano após as primeiras lesões aparecem para procurar o médico. Todas as lesões ou tumorações penianas, independentemente da presença de fimose (dificuldade ou incapacidade de exposição da glande, porque a pele que envolve o pênis possui um anel estreito), deverão ser avaliadas por um médico, principalmente aquelas de evolução lenta e que não responderam aos tratamentos  convencionais. Essas lesões deverão passar por biópsia (retirada de um fragmento) para análise, quando será dado o diagnóstico final.

Tratamento


O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha). Vai desde terapias tópicas (em estágios iniciais) até tratamento cirúrgico, seja a penectomia parcial ou radical. Também podem ser utilizadas, em casos específicos, a braquiterapia, a quimioterapia neoadjuvante e a quimioterapia exclusiva, nos casos mais avançados. Os estudos que abordam o tratamento do Câncer de Pênis são, em sua grande maioria, pequenos e não-randomizados, por se tratar de uma patologia rara. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o crescimento desse tipo de câncer e a posterior amputação do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem. Por isso, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura.

Tratamento fisioterapêutico

A fisioterapia oncológica ou oncofuncional tem como objetivo preservar, manter ou recuperar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico buscando o bem estar e a qualidade de vida do paciente oncológico.

A radioterapia, indicada tanto para o tratamento exclusivo da doença quanto para complementação dos outros tratamentos, pode acarretar fibrose, levando à restrição de movimento, edemas e disfunções ventilatórias, entre outras.

Diversos tipos de quimioterápicos podem causar neuropatias periféricas, fibrose pulmonar e miocardiopatias. O uso prolongado de corticóides pode resultar em quadros de miopatia e osteoporose.

A cirurgia visa não apenas a remoção do tumor, mas também dos tecidos sadios adjacentes, a fim de evitar a permanência de doença residual macro ou microscópica. Tal fato acarreta sequelas sensitivas, motoras, vasculares e respiratórias, dependendo da área afetada.

Nos atendimentos podem ser realizadas  técnicas para correção padrão respiratório, cinesioterapia ventilatória com intuito de melhorar a expansibilidade torácica, cinesioterapia motora global para reduzir edemas e diminuir os agravos de síndrome do imobilismo prolongado no leito além de manter a integridade e mobilidade das estruturas musculoesqueléticas.

Referencias Pesquisadas.

DE PAULA, Adriano; NETTO, Joaquim. [et al]“ CARCINOMA EPIDERMÓIDE DO PÉNIS”. Disponível em www.inca.gov.br

Giuseppe Figliuolo, Samuel Nuno Pereira Lima, Sebastião Pinto da Costa, Jusimara Maia da Silva, Cristiano Silveira Paiva, Jose Nilson Araújo Bezerra, Kátia Luz Torres Silva. PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO ASSOCIADO A FATORES DE RISCO DE PACIENTES COM CÂNCER DE PÊNIS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA ONCOLÓGICA EM MANAUS. Revista Brasileira de Oncologia Clínica. Vol.11, no 40 – abril/maio/junho, 2015. Disponível em: http://sboc.org.br/revista-sboc/pdfs/40/editorial.pdf



R. Damião; Jr. Mattos [et al]. “CARCINOMA DO PÉNIS –PARTE 1”. Disponível em www.projectodiretrizes.org.br

SOUSA, Nádia Maria Rodrigues; MELO, Anairtes Martins de. INTERVENÇÃO FISIOTERÁPICA EM PACIENTE COM CÂNCER DE PÊNIS NO PÓS-OPERATÓRIO DE EMASCULAÇÃO: RELATO DE CASO.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: . Acesso em: 20/09/2016 às 16:39.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

fisioterapia auxilia mulheres nas mudancas corporais apos cancer de mama

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Amazonas, durante todo o ano de 2014, devem ser registrados 390 novos casos de câncer de mama, sendo a maioria na capital. O câncer de mama é a maior causa de óbitos por câncer na população feminina no Brasil, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos.

A retirada da mama pode ser uma das opções de tratamento para mulheres vítimas de câncer de mama. Depois do procedimento, começa uma nova etapa para a paciente: a de recuperação dos movimentos, que nessa fase, encontra a fisioterapia como principal aliada para garantir a qualidade de vida.

De acordo com o fisioterapeuta doutor Daniel Xavier, a paciente submetida ao tratamento cirúrgico do câncer de mama terá que conviver com as mudanças de postura causadas pela retirada do seio, como dor e restrição ao movimentar o ombro, inchaço do braço (linfedema) e a falta de sensibilidade na parte superior e interna do braço.

“Após a cirurgia, a mulher passa a ter uma nova realidade de seu esquema corporal devido a importantes alterações que com frequência são geradas pela dor, fraqueza muscular e modificação na imagem corporal. A fisioterapia ajuda a mulher a enfrentar as mudanças causadas pela retirada do seio”, disse.

De modo geral, Daniel Xavier explica que o fisioterapeuta pode intervir desempenhando um papel importante na prevenção de sequelas, fazendo parte integrante da equipe multidisciplinar no acompanhamento da recuperação destas mulheres. “Atualmente, a fisioterapia está incluída no planejamento da assistência para a reabilitação física no período pré e pós-operatório do câncer de mama”, afirmou.

A mastectomia radical modificada, principalmente acompanhada de radioterapia, pode determinar complicações físicas, imediatas ou tardias, tais como limitação da amplitude de movimento (ADM) do ombro e do cotovelo, linfedema, fraqueza muscular, infecção e dor, que colocam em risco o desempenho das atividades de vida diária e dos papéis da mulher mastectomizada. “Com a fisioterapia, as mulheres são orientadas quanto à postura que irão adquirir no pós-cirúrgico e a importância da aderência à reabilitação”, ressaltou.

Para Daniel Xavier, quanto mais precoce forem orientados os exercícios, mais rapidamente a mulher responderá ao tratamento. “A amplitude de movimentos deve ser alcançada no menor espaço de tempo possível, levando-se sempre em conta as dificuldades individuais de cada paciente”, disse.

Ele destaca que as pacientes submetidas ao tratamento fisioterápico diminuem seu tempo de recuperação e retornam mais rapidamente às suas atividades cotidianas, ocupacionais e desportivas, readquirindo amplitude em seus movimentos, força, boa postura, coordenação, autoestima e, principalmente, minimizando as possíveis complicações pós-operatórias e aumentando a qualidade de vida.

“A fisioterapia desempenha um papel fundamental nesta nova etapa da vida da mulher operada, pois além de significar um conjunto de possibilidades terapêuticas físicas passíveis de intervir desde a mais precoce recuperação funcional, até a profilaxia das sequelas, além de diminuir o tempo de recuperação, com retorno mais rápido às atividades cotidianas e ocupacionais, colaborando com sua reintegração à sociedade, sem limitações funcionais”, afirmou.

Segundo caso mais comum no País

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

Autor: Dr. Daniel Salgado Xavier - Doutor em Terapia Intensiva pelo Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva- IBRATI/SP. Mestre em Terapia intensiva pela IBRATI/SP.Pós graduado em Fisioterapia em UTI pela Fundação A/C Camargo-Hospital do Câncer de São Paulo, pós-graduado em Neurologia pela UMESP, Fisioterapia Intensivista - SOBRATI/SP. Fisioterapeuta da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas.

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