Em 20 anos não existirá mais quimioterapia no tratamento do câncer, de acordo com especialistas
A notícia surge depois que a ciência descobriu terapias mais
eficazes, graças a um projeto de primeiro mundo para encontrar os genes
responsáveis por essa doença tão complexa. O estudo, que existe há
quatro anos, está sendo executado por uma equipe de pesquisadores da
Genomics England (do Ministério Britânico de Saúde), que vai trabalhar
ao lado de pesquisadores de diversas universidades na Grã-Bretanha, como
a Wellcome Trust, o Great Ormond Street Hospital e o UK’s Medical
Research Council.
Alguns dos 75 mil voluntários de Londres, Cambridge e Newcastle com
câncer e doenças raras oferecerão o seu material genético para
sequenciamento e acompanhamento ao longo dos próximos anos. Tanto as
suas células saudáveis quanto as afetadas pelo câncer terão mapeamento
genético como parte do projeto, e seus parentes próximos também terão
seus genomas sequenciados para comparação. “Daqui a 20 anos existirão
terapias, em vez de quimioterapia, que serão abordagens muito mais
direcionadas ao tratamento”, diz Jeremy Farrer, chefe da Wellcome Trust.
“O entendimento do código genético dos humanos não só será fundamental
para a medicina do futuro, como também é uma parte essencial da medicina
atual. Na doença congênita rara, no câncer e nas infecções, percepções
genômicas já estão transformando o diagnóstico e o tratamento dos
pacientes”, completa.
A equipe espera que o projeto, com custo estimado em US$ 500 milhões,
permita o desenvolvimento de novos tratamentos mais eficazes para o
câncer e outras doenças. Esses novos tratamentos também devem ser menos
invasivos do que a quimioterapia, causando, ainda, menos efeitos
colaterais.
Créditos: Revista ABRALE.
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