INSTITUTO
AMAZONENSE DE APRIMORAMENTO E ENSINO EM SAÚDE – IAPES
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
FISIOTERAPIA INTENSIVA ADULTO , PEDIÁTRICO E NEONATAL
Pós Graduanda: Lucimar Costa
Coordenador: Daniel Xavier
Teste
Time Up and Go
O teste time up and go (TUG) é um
instrumento utilizado em pesquisas, clinicas por ser de fácil aplicabilidade,
para avaliar o risco de quedas, a mobilidade e o equilíbrio corporal estático e
dinâmico de idosos. Nele é criado um risco de queda facilitado pelo levantar,
caminhar, girar o corpo e sentar; movimentos que são solicitados na realização
do teste. Com o objetivo de avaliar o equilíbrio sentado, transferências de
sentado para em pé, estabilidade na deambulação e mudança de curso da marcha
sem utilização de estratégias compensatórias.
Na execução do TUG
é solicitado ao paciente que se levante de uma cadeira sem braço, calçando seu
próprio calçado ou não, deambule por 3 metros , faça um giro de 180°, retorne e
sente-se na mesma cadeira. O paciente é instruído previamente de como realizar
o teste, a caminhar na sua velocidade e passos habitual, além do examinador
acompanha-lo durante todo o exame para sua segurança. O tempo de realização
dessa tarefa é cronometrado a partir de momento em que o paciente desencosta a
coluna da cadeira e parado quando retorna a encostar.
Os
resultados indicam: TUG até 10 segundos – indivíduos independentes, sem
alterações de equilíbrio e com baixo risco de quedas; TUG entre 11 a 20 segundos – indivíduos
independentes, com razoável equilíbrio e velocidade de marcha e médio risco de
quedas; TUG maior que 20 segundos – indivíduos com necessidade de intervenção,
dificuldades para as tarefas de vida diárias que exigem equilíbrio, velocidade
da marcha e capacidade funcional; TUG maior que 30 segundos – indivíduos dependentes
em atividades de vida diárias (AVD’S), com mobilidade alterada e com riscos de
cair.
Teste
de caminhada de 6 minutos
Considerado um teste submáximo por o
consumo de oxigênio atingir o platô, mas não chegar ao valor máximo; o teste de
caminhada de seis minutos (TC6) é usado para avaliar a resposta de um paciente
ao exercício e sua capacidade funcional, possibilitando uma análise global dos
sistemas respiratórios, cardíaco e metabólico. As principais vantagens do
TC6 são sua simplicidade e necessidade de equipamentos mínimos para a execução,
além do fato de que sinais e sintomas vitais podem ser medidos durante o teste.
Tratando de um teste barato e de ampla reprodutibilidade já que caminhar é uma
atividade de vida diária (AVD), que quase todos os pacientes são aptos de
efetuar, com exceção dos pacientes que são mais atingidos por alguma doença.
De
acordo com a American Thoracic Society (ATS), a indicação mais precisa para a
realização do TC6 é a presença de doença pulmonar ou cardíaca leve ou moderada,
nas quais o teste é usado para medir a resposta ao tratamento e predizer a
morbidade e mortalidade (Morales-Blanhir, etal.,2011). Nas contra-indicações
absolutas esta presente a angina instável e
o infarto agudo do miocárdio recente. Ja
nas contra-indicações relativas encontra-se a freqüência cardíaca de
repouso maior que 120 bpm, a
pressão arterial sistólica maior que 180mmHg, pressão arterial diastólica maior
que 100 mmHg. Além disso, antes da realização do
teste, deve ser investigada a
presença de arritmias graves nos
últimos seis meses (Britto e Sousa, 2017).
Antes da
realização do teste o paciente devera esta em repouso por no mínimo 10 minutos,
nesse período deve ser feita a coleta de dados da pressão arterial, oximetria
de pulso, frequência cardíaca, frequência respiratória e nível de dispneia por
meio da escala de Borg modificado. Deve-se também registrar esses dados durante
e após o teste. Para execução do TC6 é necessária uma pista ou corredor com no
mínimo 30 metros ,
sem fluxo de pessoas, onde o paciente devera caminhar em ritmo próprio e
rápido, porem sem correr por 6 minutos. O avaliador não precisará caminhar
junto com o paciente, somente se for necessário. Deve ser efetuado um
treinamento prévio onde será realizado dois testes com intervalos de 15 minutos
no mínimo para descanso, visando eliminar o efeito aprendizado e assegurar a
reprodutibilidade do exame; caso ocorra uma diferença superior a 10% da
distância caminhada entre as duas repetições terá que ser feito um terceiro
teste. Durante o exame deve ser utilizado a cada minuto frases de incentivo padronizadas.
Caso a oximetria de pulso apresente valores abaixo de 85% deve ser interrompido
o exame e instituída a oxigenoterapia. Passado os 6 minutos o teste é
finalizado e os dados vitais registrados no inicio deverão ser novamente
avaliados e será calculada a distância percorrida pelo paciente.
Para
cálcular o valor esperado ou de referência, para a distância no TC6, as
equações propostas por Enright e Sherril, é a mas utilizada para determinar o
percentual do previsto para cada teste executado pelo paciente:
Homens:
distância TC6 (m) = (7,57 x altura cm) – (5,02 x idade) – (1,76 x peso kg) –
309m.
Mulheres:
distância TC6 (m) = (2,11 x altura cm) – (2,29 x peso kg) – (5,78 x idade) +
667m.
Embora
não seja necessária a presença de um medico no local da realização do exame.
Faz-se essencial que esse local tenha acesso imediato a equipamentos de
emergência pois os pacientes podem ter problemas cardiovascular. Além de que o técnico que aplique o teste seja
certificado em ressuscitação cardiopulmonar ou tenha acesso rápido a um
telefone ou outros meios de comunicação para conseguir ajuda.
Referências Bibliográficas:.
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"Análise de fatores extrínsecos e intrínsecos que predispõem a quedas em
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Britto, Raquel Rodrigues, and Lidiane Aparecida
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brasileira." Fisioterapia em movimento 19.4 (2017).
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Journal of otorhinolaryngology 79.1 (2013).
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de Lima Paula, Fátima, Edmundo de Drummond
Alves Junior, and Hugo Prata. "TESTE TIMED “UP AND GO”: uma comparação
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Fernandes, Pâmela Matias, et al. "Teste de
Caminhada de Seis Minutos: avaliação da capacidade funcional de indivíduos
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Lopes, Kedma Teixeira, et al. "Prevalência
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Journal of Physical Therapy/Revista Brasileira de Fisioterapia 13.3
(2009).
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Morales-Blanhir, Jaime Eduardo, et al.
"Teste de caminhada de seis minutos: uma ferramenta valiosa na avaliação
do comprometimento pulmonar." Jornal Brasileiro de Pneumologia 37.1
(2011): 110-117.
9.
Moreira, Maria Auxiliadora Carmo, Maria
Rosedália de Moraes, and Rogério Tannus. "Teste da caminhada de seis
minutos em pacientes com DPOC durante programa de reabilitação." J
Pneumol 27.6 (2001): 295-300.
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