Câncer de Pulmão
Orientador: Daniel Xavier @intensivistaxavier
Pós graduando: Gerdean Serafim de Araújo
Pós
Graduação em Fisioterapia Intensiva – IAPES – Fcecon
Câncer é compreendido como um grupo de patologias malignas que se
caracterizam por anormalidades do crescimento e descontrole celular,
modificando o material genético.
Os tumores de pulmão normalmente dividem-se em tumor de pequenas
células e o de não-pequenas células. Os tumores de pequenas células se dividem
e crescem mais rapidamente e, com frequência, quando é realizado o diagnóstico,
já se disseminou para os gânglios linfáticos e/ou outros órgãos, enquanto os
tumores de não-pequenas células tem um crescimento e disseminação mais lento.
Tumores de localização central produzem sintomas como tosse,
sibilos, roncos, dor no tórax, escarros hemópticos, dispnéia e pneumonia. Os de
localização periférica são geralmente assintomáticos. Quando eles invadem a
pleura ou parede torácica, apresenta dor, tosse, dispnéia do tipo restritivo,
ou seja, pouca expansibilidade pulmonar.
Como fatores de risco ao Câncer de Pulmão, tem-se agentes químicos
ambientais e ocupacionais (como amianto, asbesto, níquel, entre outros),
predisposição genética, repetidas infecções pulmonares, tuberculose,
deficiência ou excesso de vitamina A, tabagismo passivo, e principalmente o
tabaco. Na maioria das populações, os casos de câncer do pulmão
tabaco-relacionados representam de 80% até 90% dos casos desse câncer, pois a
fumaça do cigarro tem mais de 40 agentes carcinogênicos.
No Brasil cerca de 27.630, pessoas sendo 17.800 homens e 9.830,
mulheres pode ter câncer. Atualmente, o câncer de pulmão é o que mais mata
entre os cânceres no nosso país, representando um total de 13% entre todas as
mortes por câncer.
Devido às dificuldades de diagnóstico precoce, e também pela falta
de conhecimento dos pacientes, o câncer de pulmão passa a ser uma das
neoplasias que apresenta a menor taxa de cura. O diagnóstico ocorre por meio de
radiografias de tórax, TC, RNM, citologia do escarro, broncofibroscopia,
biópsia e toracocentese.
Existem três tipos de tratamento: cirurgia, radioterapia e
quimioterapia. No estágio I, o câncer está restrito somente em uma parte do
pulmão e deve ser operado e removido, com chance de cura de até 75%; no estágio
II, o tumor se disseminou para os gânglios linfáticos ou tecidos próximos; no
estágio III houve uma disseminação mais extensa dentro do tórax; no estágio IV
o câncer se disseminou para outras partes do corpo, órgãos e/ou estruturas.
Nos estágios, II
e III, a quimioterapia e a radioterapia devem ser associadas, com uma chance de
cura de 30%. No estágio IV a quimioterapia é o tratamento de escolha,
entretanto as chances de cura são bastante reduzidas.
Hoje, duas situações predominam no tratamento do câncer: de um
lado, a cura completa, sem sequelas físicas e/ou funcionais, de outro, o que se
observa é a necessidade de um tratamento mais agressivo que pode deixar
limitações funcionais significativas. Neste segundo caso, o principal objetivo
é proporcionar uma boa qualidade de vida para estes pacientes, sendo cada vez
mais necessário o envolvimento ativo de uma equipe multidisciplinar.
A fisioterapia em pacientes e ex-pacientes com câncer tem como
objetivo melhorar ou manter sua condição física e também psicológica, estando
ou não em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico. O tratamento fisioterapeutico
se inicia desde a fase de internação hospitalar (UTI e enfermaria), e se
estende até a fase ambulatorial.
Entre as condutas de tratamento, estão empregados exercícios
cinésiorrespiratórios, que visam a melhora da ventilação e expansão pulmonar e
alívio da dispnéia, manobras respiratórias, terapia manual, exercícios de
fortalecimento para membros inferiores e superiores, visto que a maioria dos
pacientes com doenças pulmonares apresentam encurtamento da musculatura de
membros superiores por utilizarem como auxílio na mecânica respiratória.
O treinamento dos membros inferiores, promovem o aumento da
tolerância ao exercício, redução da ventilação durante a atividade e da acidose
láctica, além do aumento da capacidade oxidativa dos músculos.
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