segunda-feira, 22 de agosto de 2016

"Hands on" - fisioterapia intensiva O guia pratico do fisioterapeuta intensivista


"Hands on" - fisioterapia intensiva:O guia pratico do fisioterapeuta intensivista 

Autor: Daniel Xavier


Diante da constante necessidade de alto nível de profissionalismo exigido da área de saúde e em especial no contexto em que se insere a fisioterapia intensiva, é imperioso que a formação profissional consista em uma associação entre um consistente embasamento teórico acompanhado por uma habilitação/capacitação prática adquirida mediante atendimento e vivência adquirida beira-leito.

 A Fisioterapia intensiva necessita de profissionais com formação reflexiva e critica, que permitem ao Fisioterapeuta intensivista desenvolver ações assistências que permitem superar os desafios clínicos e funcionais do paciente critico, que normalmente apresenta um quadro clinico flutuante, exigindo uma maior complexidade nos processos diagnósticos, terapêuticos e na tomada de decisões. Embora seja uma especialidade reconhecida recentemente, 11 de outubro de 2011, é uma das especialidades da Fisioterapia que concentra um grande número de profissionais, que no Brasil são fundamentais em seus setores de trabalho e que no caminho do respaldo científico vem com seu trabalho nas unidades de terapia Intensiva (UTI), diminuindo as complicações funcionais, diminuindo a mortalidade e principalmente melhorando a qualidade de vida após a alta hospitalar.


Diante do exposto, a Iapes – Instituto Amazonense de Aprimoramento em Ensino e Saúde, uma das mais conceituadas empresas educacionais em terapia intensiva, oferece uma oportunidade singular no que concerne à instrumentação para a formação do fisioterapeuta intensivista: o conceito internacional “Hands on em Fisioterapia intensiva”, que consiste basicamente na preparação do futuro intensivista, cujos pilares fundamentais se alicerçam na excelência profissional durante a prestação de serviços à pacientes criticamente enfermos internados na UTI.

https://www.clubedeautores.com.br/book/158061--Hands_on__fisioterapia_intensiva?topic=medicina

terça-feira, 2 de agosto de 2016

IWI ( Índice Integrativo Utilizado como um Preditor de Falha no Desmame de Pacientes Submetidos á Ventilação Mecânica

IWI ( Índice Integrativo Utilizado como um Preditor de Falha no Desmame de Pacientes Submetidos á Ventilação Mecânica

Autora: LIDIANE RABELO DA SILVA

Orientador: Daniel Xavier @intensivistaxavier



Embora a ventilação mecânica seja uma terapêutica muito utilizada em pacientes com insuficiência respiratória, não deixa de ser um procedimento invasivo que substitui o fisiológico, e está associada a várias complicações, como lesões de vias respiratórias, tromboembolismo, sinusite, sangramento gastrointestinal, pneumonia associada a VM, disfunção diafragmática induzida pela VM, polineuropatias do doente crítico e dependência ao ventilador. Sendo assim faz – se necessário um processo de desmame o mais rápido possível para remover o suporte ventilatório invasivo.
Porém o processo de desmame ventilatório tem se tornado em algo desafiador para os intensivistas, pois é necessário um conhecimento adequado quanto ao momento certo de se interromper a ventilação mecânica. Pois desmames ou decisões baseados apenas em julgamentos clínicos de especialistas, nem sempre estão certos, ocasionando falha no processo de desmame. 
A falha no desmame acarretará em uma extubação precoce seguido de reintubação ocasionando um estresse severo sobre os sistemas respiratório e cardiovascular, enquanto o prolongamento desnecessário da VM pode causar atrofia do diafragma que pode agravar a geração de força e a pressão inspiratória máxima. Pois estudos tem mostrado que fadiga dos músculos respiratórios durante o desmame mal sucedido pode resultar em ventilação mecânica prolongada, falha no desmame, aumenta o tempo de hospitalização, aumento da morbidade e mortalidade. Em geral o insucesso no desmame dar–se pelo desequilíbrio entre a bomba muscular respiratória e da carga exercida sobre eles.
Dessa forma é necessário uma associação da impressão clínica com a avaliação dos índices de DVM para assim obter um resultado mais fidedigno e diminuir os números de insucesso no desmame da ventilação mecânica.
Ao iniciar um desmame ventilatório deve-se analisar algumas condições clínicas como melhora da causa pela qual o paciente foi submetido a ventilação mecânica, temperatura corporal menor que 38°C, hemoglobina igual ou superior a 8g/dl, nenhuma ou uma dose mínima de drogas vasoativas e sedativas esteja sendo administrada, PaO2 maior e/ou igual à 60%, SaO2 maior e/ou igual à 90%, FiO2 menor e/ou igual à 40%, PEEP menor e/ou igual à 8 cmh2o, caso o paciente apresente essas condições clínicas deve-se utilizar um índice preditivo de sucesso no desmame ventilatório, pois o DVM não pode ser realizado baseado apenas em impressão clínica e pelo teste de respiração espontânea (TER), uma vez que a associação do estado clínico com a avaliação dos índices de DVM e o  TRE proporcionam um prognóstico mais preciso para o DVM. Dentre os vários índices de desmame ventilatório utilizado nas UTIs, temos o IWI (integrative weaning índex) que é um índice integrado que combina a mecânica respiratória, o índice de oxigenação e o padrão respiratório em um único valor, pois valores maior e/ou igual à 25 indicam o sucesso no desmame ventilatório. Este por sua vez é um índice integrativo pois avalia mais de uma função fisiológica relacionada a respiração. Sendo calculado pela seguinte fórmula:

        IWI= ( Cstat x SaO2) / relação FR/VT
Onde a Cstat é igual á volume corrente dividido pela Pressão de Platô menos a PEEP, e o índice de oxigenação é dado pela PaO2/FiO2 e o índice de Tobin é igual a FR/VC em ( L ). Sendo que a Cstat e a SaO2 são diretamente proporcionais entre si e indiretamente proporcionais á relação FR/VT. E   quanto maior o resultado do IWI melhor será o prognóstico. No entanto mesmo com todos os requisitos favoráveis e com o resultado do IWI dando positivo para o desmame não significa que não haverá falha no DVM, no caso de insucesso no DVM deve-se buscar  e analisar o que levou a falha e junto a equipe interdisciplinar procurar corrigir essas causas, após correção tentar novamente o processo de DVM.                      



 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NEMER; SN, BARBAS CS. Preditive parameters for weaning from mechanical ventilation  J Bras pneumol.2011 vol.37.

O Site da Fisioterapia em Manaus