quarta-feira, 13 de maio de 2009

Exame de DNA pode tornar Papanicolau desnecessário, sugere estudo

Um novo teste de DNA para o vírus capaz de causar o câncer cervical apresentou desempenho tão superior aos métodos atuais que alguns ginecologistas esperam que ele eventualmente substitua o Papanicolau, nos países ricos, e exames mais "crus" em países pobres.
O novo teste do vírus do papiloma humano, ou HPV (do inglês "human papillomavirus"), pode não apenas salvar vidas. Cientistas dizem que as mulheres acima dos 30 anos poderiam deixar de lado o exame Papanicolau anual para realizar o teste de DNA apenas uma vez a cada três, cinco ou até dez anos, dependendo do especialista consultado. Seu otimismo é baseado num estudo de oito anos realizado com 130 mil mulheres na Índia, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates e publicado na semana passada no periódico médico "The New England Journal of Medicine". A pesquisa é a primeira a mostrar que um único exame com o teste de DNA supera todos os outros métodos capazes de evitar o avanço do câncer e a morte. O estudo é "outro prego no caixão" do Papanicolau, que "logo será de interesse principalmente histórico," disse Paul D. Blumenthal, professor de ginecologia da escola de medicina de Stanford, que testou técnicas de exames na África e Ásia e não estava envolvido na pesquisa.
Efetividade Entretanto, a adoção do novo teste dependerá de muitos fatores. Um deles inclui o medo dos ginecologistas em abandonar o Papanicolau, até hoje extremamente efetivo. O câncer cervical foi uma das principais causas de mortes de mulheres nos anos 50. Hoje ele mata menos de 4.000 pessoas por ano. Em países de baixa e média renda, onde o câncer mata mais de 250 mil mulheres anualmente, o custo é um fator. Todavia, o fabricante do teste, Qiagen, financiado pela Fundação Gates, desenvolveu uma versão de cinco dólares. Este preço pode cair ainda mais, caso haja pedidos suficientes, explicou a companhia. "As implicações da descoberta desse exame são imediatas e globais", escreveu Mark Schiffman, do Instituto Nacional do Câncer, num editorial que acompanha o estudo. "Peritos internacionais em prevenção do câncer cervical agora deveriam adotar o teste HPV." Atualmente, existem enormes distâncias entre a forma de examinar em países ricos e pobres.
O criador No ocidente, as mulheres fazem exames com o nome de seu inventor, Georgios Papanikolaou. Células são "raspadas" do cérvix (colo do útero) e enviadas a um laboratório. Lá elas são manchadas e inspecionadas no microscópio por um patologista em busca de anormalidades. Os resultados podem demorar dias. O teste de DNA também precisa de raspas cervicais, mas elas são misturadas a reagentes e lidas por uma máquina. Em países pobres, a maioria das mulheres não realiza exames de rotina. É a dor que as leva a um hospital. Nesse estágio, geralmente já é tarde demais. Todavia, em alguns países as mulheres fazem a "visualização", realizada pioneiramente na década passada com o apoio da Fundação Gates. Nesse processo, um médico olha o cérvix com uma lanterna e o esfrega com vinagre. Manchas que se tornarem brancas podem ser lesões pré-cancerosas. Elas são imediatamente congeladas e retiradas. Diagnóstico e tratamento exigem apenas uma vista.
Problemas em países pobres O exame Papanicolau falha no Terceiro Mundo porque há poucos patologistas experientes e porque as mulheres, que deveriam retornar ao consultório, muitas vezes não o fazem. O estudo indiano, iniciado em 1999, dividiu 131.746 mulheres saudáveis de 497 vilarejos - com idades entre 30 e 59 anos - em quatro grupos. Um deles, o de controle, recebeu o tratamento típico de clínicas rurais: aconselhamento para ir a um hospital caso desejassem se examinar. O segundo fez o Papanicolau. O terceiro recebeu a visualização com lanterna e vinagre. Por fim, o último fez o teste de DNA - na época realizado pela Digene, hoje propriedade da Qiagen. A empresa não fez doação ou pagou pelo estudo, segundo seus autores. Após oito anos, o grupo de visualização tinha aproximadamente as mesmas taxas de avanço de câncer e mortes quando comparadas aos do grupo controle. O grupo Papanicolau tinha cerca de três quartos das taxas. Já o do teste de DNA tinha cerca da metade. Significativamente, nenhuma das mulheres com resultado negativo em seu teste de DNA morreu de câncer cervical. "Logo, se você tiver um teste negativo, você estará bem por muitos anos", disse Blumenthal. O principal autor do estudo, Rengaswamy Sankaranarayanan da International Agency for Research on Cancer em Lyon, na França, disse: "Com este teste, você pode começar a examinar mulheres aos 30 anos e repetir o exame somente a cada 10 anos". Questionada se esse conselho se aplicaria aos Estados Unidos, a Debbie Saslow, diretora de câncer ginecológico da American Cancer Society, respondeu, "Absolutamente não". "Um teste negativo significaria que a probabilidade de uma mulher desenvolver câncer é pequena, e não nula", acrescentou a doutora. "Mas se ele houvesse dito cinco anos, eu não teria uma reação tão forte."
Exames de rotina Desde 1987, ainda segundo a médica, a sociedade de câncer e o American College of Obstetricians and Gynecologists recomendam a realização de Papanicolau apenas a cada três anos, após um teste inicial negativo. Em 2002, eles recomendaram também o teste HPV. A partir de então, amontoam-se evidências de que o Papanicolau pode ser abandonado. "Todavia não conseguimos a aceitação dos médicos", disse Salsow. "Os ginecologistas medianos, especialmente os mais velhos, dizem, 'As mulheres vêm para fazer seu Papanicolau, e, assim, as trazemos aqui para realizar outros tratamentos'. Estamos realizando exames desnecessários, mas quando você passa 40 anos dizendo a todo mundo que faça um Papanicolau, fica difícil mudar." Sankaranarayanan disse que a maior parte dos países europeus recomenda exames a cada três ou cinco anos, e muitos não começam antes dos 30 anos de idade. O câncer cervical é causado por algumas das 150 lesões do vírus do papiloma humano. As mulheres sofrem os danos assim que começam a ter relações sexuais - entretanto, mais de 90% dos casos desaparecem espontaneamente dentro de dois anos. Testes precoces de DNA encontrariam esses casos, mas também levariam a tratamentos desnecessários. Então, para mulheres entre 20 e 30 anos, os médicos muitas vezes solicitam exames repetidos de Papanicolau, algo caro, mas que pode detectar a pequena minoria de cânceres capazes de se desenvolverem em menos de 15 anos. "Os Estados Unidos têm amplos recursos e baixa tolerância a riscos", explicou Schiffman, enquanto alguns países, como a Índia, têm pouco dinheiro e são forçados a tolerar os riscos. Jan Agosti, funcionário da Fundação Gates e inspetor dos exames preventivos no Terceiro Mundo, disse que o novo teste de cinco dólares da Qiagen - já comprovado por um estudo de dois anos realizado na China - funciona a bateria, sem água ou refrigeração, e demora menos de três horas. Em países onde as mulheres são "mais tímidas em relação a exames pélvicos", ela acrescentou, o teste também funciona "razoavelmente bem" em limpezas vaginais que elas podem realizar sozinhas.

Fonte : G1
http://www.prontuariodenoticias.com.br/noticias.asp?secao=PE&id=5554

29% das pesquisas sobre câncer têm conflito de interesse

Quase um terço dos estudos sobre câncer publicados nos principais periódicos do mundo apresentam conflitos de interesse, segundo uma pesquisa publicada nesta semana na edição on-line do "Cancer". Foram avaliados 1.534 artigos divulgados em revistas como "New England Journal of Medicine", "Jama" e "Lancet" em 2006.
Desses trabalhos, 17% eram patrocinados por indústrias farmacêuticas e 12% tinham um funcionário entre os autores --e traziam mais resultados positivos. Estima-se que no Brasil os números sejam maiores porque os estudos clínicos são bancados pela indústria.
Para Reshma Jagsi, autora da pesquisa e professora de radio-oncologia da Universidade de Michigan (EUA), declarar os conflitos não é suficiente. Ela acredita que os pesquisadores vão, consciente ou inconscientemente, enviesar as análises.
No Brasil, estudos clínicos devem ser patrocinados pelo contratante --normalmente a indústria interessada no desenvolvimento da droga, diz o pesquisador Ricardo Bretani, presidente da Fundação Antônio Prudente (mantenedora do hospital A.C. Camargo) e do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp.
Hoje, os estudos em câncer são focados no desenvolvimento de novas drogas e, por isso, é uma das áreas que apresentam estudos patrocinados.
Para o oncologista Paulo Hoff, diretor clínico do Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira, os conflitos não implicam necessariamente uma pesquisa tendenciosa.
Para que os trabalhos sejam publicados em periódicos renomados, é preciso que passem pela revisão por pares --quando o estudo é avaliado por outros especialistas isentos.
Para evitar comprometimento prejudicial, os contratos de pesquisa devem contar com uma cláusula que prevê a publicação dos resultados mesmo que sejam negativos. O pesquisador também deve deixar claro o tipo de conflito existente na pesquisa. "O conflito só é aceitável dentro de alguns limites. Receber dinheiro para pesquisa é aceitável, mas ganhar uma viagem internacional com a família, não", compara Hoff.
Para Jagsi, é preciso pressionar as instituições públicas para aumentar os fundos para estudos na área médica. "Pesquisadores teriam mais alternativas, e a pesquisa poderia ser desatada, ao menos em alguns aspectos, dos nós da indústria", disse.

Fonte : Folha On Line
http://www.prontuariodenoticias.com.br/noticias.asp?secao=PE&id=5777

terça-feira, 12 de maio de 2009

Linfomas

Fig.1Estadiamento dos linfomas


O Sistema Linfático é uma rede formada por um complexo de tubos denominados vasos linfáticos, glândulas (linfonodos) e outros órgãos, como o baço. Os linfonodos e os vasos linfáticos estão distribuídos pelo nosso corpo, encontrados em grupos, particularmente no pescoço, axilas, tórax e virilhas. Existem mais de 600 linfonodos em nosso organismo. Dentro dos vasos linfáticos se encontra um fluído claro denominado linfa, que contém Linfócitos, células fundamentais para o combate de infecções, portanto, o sistema linfático faz parte da defesa natural do organismo contra as infecções.


Os Linfomas podem ser classificados como: Linfoma ou Doença de Hodgkin (LH) que corresponde a 10% dos casos e Linfoma não Hodgkin (LNH), 90%.Linfoma de HodgkinA incidência é maior em indivíduos jovens, na sua maioria entre 15 e 35 anos. Os principais subtipos histológicos são:· Predominância Linfocitária (PL)· LH clássico rico em linfócitos· Celularidade Mista (CM)· Esclerose Nodular (EN)· Depleção Linfocitária (DL) Linfoma Não HodgkinA incidência é maior em pacientes com idade superior a 50 anos, porém podem acometer outras idades. Em relação à etiologia existem poucos fatores de risco, dentre eles, o uso de agentes imunossupressores e alguns vírus como Epstein Barr Vírus (EBV), Herpes Vírus tipo VIII, HTLV, HIV e Hepatite C podem estar associados. Algumas bactérias como H. pylori está relacionado com certos tipos de Linfomas. A exposição a agentes químicos como pesticidas, herbicidas, fertilizantes ou solventes são considerados fatores de risco. Existem mais de 20 subtipos de Linfomas segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e, de modo simplificado, são classificados em:·


Linfoma de Alto Grau ou Agressivos, onde o subtipo mais comum é o Linfoma Difuso de Grande Células B;·


Linfoma de Baixo Grau ou Indolentes que incluem os Linfomas Foliculares e os Linfomas Linfocíticos de Pequenas Células / LLC.





Sintomas clínicos dos Linfomas em geral:


Adenomegalias indolores· Febre · Prurido· Emagrecimento· Sudorese noturna· Massa mediastinal (mulheres jovens, síndrome de veia cava superior);





Estadiamento dos Linfomas:


São classificados como estágios de I a IV, segundo Ann Arbor. Os estágios III e IV correspondem a doença avançada.








Tratamento dos Linfomas


O tratamento dos LH e LNH é variável e depende do tipo de Linfoma, classificação histológica e do estadiamento clínico. Consiste em ciclos de poliquimioterapia associados ou não à radioterapia. Atualmente, a imunoterapia com anticorpos monoclonais vem sendo empregada como opção terapêutica melhorando a sobrevida dos pacientes. Em determinados casos, o transplante de células tronco-hematopoiéticas é indicado como tratamento para a cura do linfoma.Resposta ao Tratamento Existem fatores relacionados ao Linfoma e características individuais do paciente que interferem na resposta aos tratamentos. Um exemplo é o Índice Prognóstico Internacional (IPI), que objetiva prever a chance de cura e assim auxilia na escolha do melhor tratamento.





Dúvidas freqüentes



  1. Como pode se manifestar o linfoma?O aumento indolor dos gânglios, isto é, o aparecimento de caroços sem dor que persistem por mais de 1 mês e sem associação a infecção devem ser investigados.

  2. Existe alguma relação com a dieta, consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo com o desenvolvimento de Linfomas?Não há evidências científicas para associarmos esses dados ao aparecimento de Linfomas.

  3. O Linfoma passa de pessoa para pessoa?Não, o Linfoma não é uma doença contagiosa.

  4. O Linfoma pode reaparecer após o tratamento?Ninguém pode ter 100% de certeza. A chance de cura depende do tipo e do estadiamento do Linfoma. Após 5 anos de remissão, ou seja, desaparecimento dos sintomas da doença, os médicos dirão que você está curado.





elaborado por: Dra Maria Cristina Martins A. Macedo ** Doutora em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP)* Coordenadora do Ambulatório de Linfomas do IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer).


http://www.ibcc.org.br/indexSite.htm

sábado, 9 de maio de 2009

A Prevenção do Câncer

O sucesso da prevenção de câncer se baseia na detecção precoce (prevenção secundária) e o na mudança de hábitos pessoais, procurando eliminar fatores causais do câncer (prevenção primária).
A utilização de medicamentos em pacientes sem doença, porém de alto risco para desenvolver câncer, conhecida como quimioprevenção tumoral, está em desenvolvimento, sendo aplicada em estudos clínicos por importantes centros de tratamento de doença maligna do mundo.
A detecção precoce de câncer certamente beneficia o paciente, sua família, a sociedade, bem como quem custeia sua saúde, seja o próprio indivíduo, a empresa em que trabalha ou o Estado.
A maioria dos cânceres apresenta uma história clínica com antecedentes pessoais e familiares que permitem uma seleção inicial (questionário) das pessoas de maior risco que precisam de avaliação clínica. Com uma avaliação clínica direcionada seleciona-se a indicação de exames complementares adequados.
Assim, através dessas três etapas com execução criteriosa e rigorosa (questionário - avaliação inicial, exame clínico, exames complementares) é possível desenvolver um Programa de Prevenção e Detecção Precoce de Câncer eficiente.
Estudos publicados pelo Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos mostram que o rastreamento de populações de risco aumenta o diagnóstico de tumores em fases sub clínicas (onde ainda não causam sintomas), e um ganho de sobrevida em relação à população geral.

FUNDAMENTOS E LIMITES DA PREVENÇÃO

1. Permite a detecção de neoplasia (câncer) em fase precoce, aumentando as chances de cura e sobrevida, já que a cura de qualquer tipo de câncer é tanto maior quanto mais inicial é a fase em que são descobertos e tratados.

2. Atua em população assintomática que não procuraria espontaneamente atenção médica.

3. A não detecção de câncer não significa que a pessoa nunca venha a desenvolver câncer. Apesar do progresso, existem os limites da medicina, limites dos exames utilizados, e evolução do organismo humano com o tempo. A negatividade da avaliação não deve ser interpretada como garantia de que essa pessoa nunca virá a ter câncer.

QUEM DEVE FAZER PARTE DE PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE CÂNCER?

• Assintomáticos maiores que 20 anos (mulheres) ou de 40 anos (homens).
• Assintomáticos com história familiar de câncer, maiores que 25 anos.
• Portadores de doença predisponente ao câncer.
• Sintomáticos sem diagnóstico

Quem já acompanhou de uma forma ou de outra o tratamento de alguém com câncer avançado sabe o quanto isto custa do ponto de vista econômico, emocional e de qualidade de vida. Sem dúvida alguma, a melhor forma de combater o câncer é através de sua prevenção e detecção precoce, o que permite tratamentos mais simples e curativos.

http://www.prevencaodecancer.com.br/conceitos.html

terça-feira, 5 de maio de 2009

o que é a fisioterapia oncológica?

A fisioterapia desempenha um importante papel na prevenção, minimização e tratamento dos efeitos adversos do tratamento do câncer. A fisioterapia oncológica é um dos procedimentos que estão sendo adotados, tanto após uma cirurgia de câncer como também durante todo o tratamento. Esse recurso pode ser utilizado em todos os casos, como nos de câncer de mama, tumores de cabeça e pescoço, além dos relacionados ao sistema músculo-esquelético. A fisioterapia, quando iniciada precocemente, desempenha um importante papel na busca da prevenção das complicações advindas do tratamento do câncer, favorecendo o retorno às atividades de vida diária, e melhor qualidade de vida. Muitas vezes, a fisioterapia começa no período pré-operatório. O cirurgião encaminha o paciente ao fisioterapeuta especializado para que seja feita uma preparação pulmonar, o que vai facilitar no transcorrer da recuperação pós-cirúrgica. Esse tipo de procedimento pode ocorrer, por exemplo, nos casos de tumores de cabeça e pescoço, cirurgia abdominal alta e em pacientes com idade avançada ou ainda com história de tabagismo e sobrepeso, fatores que aumentam o risco pós-operatório.

No pós-operatório imediato, a avaliação deve buscar identificar alterações neurológicas ocorridas durante o ato operatório, presença de sintomatologias álgicas, edema linfático precoce, e alterações na dinâmica respiratória. No período de seguimento, e durante a terapia adjuvante, a avaliação deverá priorizar a detecção precoce de complicações, sejam elas linfáticas, posturais, funcionais, motoras e/ou respiratórias.

O tratamento fisioterapêutico também é importante durante as fases de quimioterapia e radioterapia. É o caso dos tumores de cabeça e pescoço, nos quais a pessoa passa a respirar por um orifício no qual o ar não é previamente filtrado nem aquecido, o que causa o acúmulo de secreção e conseqüente dificuldade do paciente expectorar. Nessa situação, a fisioterapia tem o objetivo de melhorar a condição funcional respiratória e evitar distúrbios pulmonares como, por exemplo, pneumonias.

No caso do câncer de mama, o grande problema é o esvaziamento ganglionar, ou seja, a retirada dos gânglios linfáticos existentes na axila. Isso dificulta na movimentação do braço, principalmente nos movimentos de abertura lateral. O tratamento auxilia na recuperação e na prevenção dos distúrbios linfáticos.

As condutas fisioterapeuticas são realizadas através de orientações domiciliares e tratamentos específicos ambulatoriais e hospitalares, segundo fase de tratamento e sintomatologias apresentadas.

A fisioterapia tem uma atuação fundamental dentro da oncologia. A preocupação dela não é focal, mas sistêmica. Ou seja, não se preocupa apenas com o local afetado pelo câncer, mas com a repercussão do problema em todo o organismo da pessoa, além da sua auto-estima e qualidade de vida. A principal meta da fisioterapia oncológica é mostrar ao paciente a necessidade de retomar as atividades diárias e oferecer a ele condições para isso.

Por Juliana Mancuso
Retirado de www.fisioterapeutasplugadas.com.br

O Site da Fisioterapia em Manaus